09:31 - 21/02/14: Um professor aposentado de 74 anos morreu com suspeita de dengue em Passos (MG). Jairo José de Faria morreu na última segunda-feira (17), menos de uma semana depois de apresentar os sintomas da doença. No bairro São Benedito, onde o aposentado morava, outros moradores também são suspeitos de terem contraído dengue.
O prefeito de Passos (MG), Ataíde Vilela (PSDB), decretou situação de emergência por causa do alto número de casos e focos de dengue no município. O decreto, que saiu na terça-feira (18), permite à prefeitura ampliar as medidas para eliminar os focos do mosquito Aedes Aegypti, sendo possível a contratação de mais agentes de endemias, além de mais médicos e enfermeiros, em caráter de urgência.
Só nesta semana, seis pessoas foram internadas na Santa Casa de Passos com sintomas da doença, mas quatro delas já receberam alta. Toda semana, cerca de 40 exames são encaminhados para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) de Pouso Alegre (MG). Desde o inicio do ano até agora, já foram feitas 730 notificações, sendo 109 casos confirmados e 30 negativos.
A Secretaria de Saúde de Passos e a Superintendência Regional de Saúde consideram uma epidemia de dengue no município. Com isso, a partir de agora qualquer pessoa que procure atendimento médico apresentando os sintomas da doença já será considerada como caso positivo sem a necessidade de realizar o exame.
"Quando já é considerada uma epidemia, é preconizado em cada 10 casos coletar uma sorologia. Como nós não temos como organizar esse número, ficou preconizado que será coletado sorologia de pacientes com complicações, gestantes, crianças e idosos”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Passos, Priscila Soares Faria.
Ao todo, 41 novos agentes foram contratos em caráter de urgência para ajudar no trabalho de limpeza de terrenos. A prefeitura também contratou um helicóptero para sobrevoar a cidade e identificar os principais pontos que servem de criadouros para o mosquito.
Segundo o chefe de gabinete, Dijalma José Oliveira, a prefeitura vai entrar com uma ação judicial nos imóveis que estão fechados para ter acesso aos criadouros do mosquito.
Luciano Tolentino (Foto)
G1/Sul de Minas.