FESP TERÁ CENTRO DE LIXO ELETRÔNICO:

00:01 - 29/OUT: A Fundação de Ensino Superior de Passos foi contemplada com um aporte financeiro da ordem de R$ 100mil, viabilizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) para a criação de um Centro Regional de Triagem, Reuso e Descarte de Resíduo Eletrônico.  

O projeto está em fase de licitação para compra dos equipamentos como bancadas, ferramentas e balanças e a previsão é de que comece a funcionar ainda este ano.

“O local está praticamente definido, teremos uma área de aproximadamente 200 m² e vamos começar atendendo o público interno, em seguida será aberto para toda a região”, explica o professor Alessandro de Castro Borges, coordenador do curso de Sistemas de Informação da FESP. 

Dados da ONU apontam o Brasil como um dos maiores produtores de lixo eletrônico no mundo, com uma produção de 1 milhão de toneladas por ano, ficando próximo ao que é produzido na China, que produz 2,3 toneladas e aos Estados Unidos que produzem de 3 a 4 toneladas ao ano.

Além disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina uma logística reversa em apenas alguns produtos eletrônicos, cujo descarte deve ser feito pelas fábricas dos produtos, mas, na prática esta determinação não é eficiente, uma vez que depende da ação do consumidor, para devolver os produtos. 

O descarte incorreto do lixo eletrônico pode causar sérios impactos ambientais, como poluição do ar, contaminação de solo, lençóis freáticos, fauna e flora, além de representar riscos à saúde humana. “Muitas pessoas que sobrevivem de lixões muitas vezes fazem manejo inadequado, como, por exemplo, quando tentam derreter algumas peças, o que pode causar uma contaminação ainda mais grave”, alerta o professor. 

O desafio do que fazer com a sucata eletrônica foi tema de palestra do III FESP INOVA, evento científico realizado durante esta semana, que trouxe a Passos a professora Neuci Bicov Frade, responsável técnica pelo Centro de Reuso e Descarte de Resíduos de Informática (CEDIR) da USP.

Neuci chamou a atenção para a questão do consumismo desenfreado de equipamentos de informática que cresceu significativamente nas últimas décadas, um dos pontos principais a serem combatidos em ações voltadas para a redução do lixo produzido.

“Se você continuar consumindo tudo o que se consome hoje, não tem planeta para tudo isso e não se consegue reciclar na mesma proporção em que se consome”, alerta a professora. 

O CEDIR é o único centro público do país a desenvolver ação voltada ao destino de lixo eletrônico e recebe 12 toneladas mensais de materiais. “A gente recebe o material, faz a verificação, a separação, os que têm condição a gente cede para entidades sociais para que eles nos devolvam depois e os eletrônicos que não têm condição de uso e a gente envia para os recicladores de cada tipo de material”, explica a coordenadora do centro da USP. 

O trabalho desenvolvido pelo CEDIR foi referência no projeto de criação do centro da FESP. No início do mês, estudantes e professores da FESP visitaram a USP para conhecer as etapas de funcionamento do centro, desde coleta e separação de componentes à remontagem de máquinas para reuso.

“Da mesma forma, vamos coletar, identificar, separar as peças, montar os equipamentos que ainda podem ser reutilizados e separar o que for descarte e também vamos fazer o empréstimo de máquinas a instituições sociais de Passos e da Região, acompanhando o funcionamento dos computadores para que, quando estes também estiverem sem condições de uso, sejam devidamente descartados”, explica o professor Alessandro de Castro Borges. 

 

Máquinas de reuso serão usadas por entidades sociais

Além de reduzir o problema do volume de entulho, aumentar a sobrevida dos aterros e evitar impactos ambientais, a criação do Centro Regional de Triagem, Reuso e Descarte de Resíduo Eletrônico da FESP tem como objetivo ceder computadores remontados a instituições sociais. 

A exemplo do trabalho desenvolvido em São Paulo, a FESP também já realiza este tipo de doação-empréstimo de equipamentos a instituições regionais sociais e pretende ampliar este serviço através da remontagem que devera ter um aumento com o centro.

“Nós já cedíamos nossos equipamentos usados em forma de comodato, agora com o centro, poderemos ajudar mais instituições sociais porque com o material a ser coletado com o centro”, explica o coordenador Alessandro.

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