00:05 - 11/JUN: Uma dona de casa de Alterosa (MG) pode ter sido mais uma vítima da gripe H1N1 no Sul de Minas este ano. Ângela Maria Gomes, de 58 anos, morreu neste domingo (9) com suspeita da doença após ter sido internada com pneumonia.
Ângela morava com a família na zona rural da cidade. Ela ficou gripada no início da última semana e foi internada na manhã de sábado (8). O estado de saúde dela piorou rapidamente e ela morreu menos de 24h depois de dar entrada no hospital. A declaração de óbito apontou, entre outras causas, a gripe H1N1 e ainda mostrava uma orientação de que o corpo teria de ser enterrado o mais rápido possível.
"O marido dela informou que ela tinha problema cardíaco na família e pedi um raio-x que confirmou pneumonia. Então entramos em tratamento com tamiflu e antibióticos”, informa o médico que atendeu a dona de casa, Geraldo dos Santos Silva.
Apesar da constatação do médico, nenhum exame oficial foi feito para confirmar se a morte foi realmente em decorrência da gripe. Segundo ele, este não foi o primeiro caso de suspeita de morte por H1N1 este ano em Alterosa.
A família da dona de casa informou que vai pedir o exame no corpo para confirmar a causa da morte. A Secretaria de Saúde de Alterosa informou que não havia kits no município para fazer a coleta de secreção da garganta da paciente e que essa semana os materiais serão adquiridos na Superintendência Regional de Saúde de Alfenas.
Na região
No dia 25 de maio, uma manicure de 47 anos morreu com suspeita de gripe H1N1 em Poços de Caldas (MG). Segundo familiares, Rosângela Maria Fabiano Moreira estava internada no Hospital da Santa Casa com insuficiência respiratória e infecção pulmonar em uma ala isolada. Ela era medicada com tamiflu, remédio receitado para pacientes com suspeita da doença.
A Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas confirmou no dia 7 de junho o primeiro caso de gripe H1N1 na cidade. De acordo com o secretário de Comunicação, Fernando Posso, o paciente, um homem de 55 anos, ficou internado na Santa Casa da cidade e recebeu alta. Segundo a prefeitura, outras 12 pessoas foram diagnosticadas com a síndrome respiratória aguda grave. A secretaria aguarda os resultados dos exames para saber se há mais casos ou não na cidade.
Esse ano, a Secretaria de Estado de Saúde reconhece apenas uma morte provocada pelo vírus H1N1 na região. A vítima foi um comerciante de 58 anos de Extrema (MG) e que morreu no último dia 4 de maio no Hospital Universitário de Bragança Paulista (SP). Outros dois casos, um em Alterosa e outro em Andradas (MG), foram confirmados pela Fundação Ezequiel Dias, na semana passada, mas ainda não foram contabilizados pelo estado.
Por: G1/Sul de Minas/EPTV