00:01 - 17/JUL: Após mais de quatro anos estacionadas no pátio da Prefeitura de Passos, as ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram recolhidas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta terça-feira.
O recolhimento foi motivado pela perda de prazo por parte da administração municipal do período 2009-2012 em colocar o Samu em funcionamento e também pela falta de adesão de municípios da região.
Antes de entregar as ambulâncias, a Secretaria de Administração da Prefeitura instaurou um processo administrativo para apurar o sumiço de várias peças e equipamentos ocorrido entre maio de 2010 e dezembro de 2012.
Esse processo foi conduzido pela Comissão de Processo Administrativo criada para investigar o caso. Presidida pelo delegado de polícia aposentado Wagner Diniz Caldeira, a comissão conseguiu localizar sete desfibriladores e sete oxímetros, aparelhos usados no atendimento a pacientes do Samu.
Os desfibriladores estavam em caixas abertas guardadas na casa em que funcionou o Centro Odontológico. Já os oxímetros foram encontrados na Central de Regulação.
Demais peças e aparelhos, como macas, ferramentas e até os estepes dos pneus das ambulâncias, continuam desaparecidos. O relatório da comissão seria enviado para investigação da Polícia Civil.
“A administração passada deveria ter feito a adesão, mas não o fez, perdendo o prazo”, disse Wagner Caldeira, explicando que essa adesão incluiria municípios da região, que não se interessaram pelo Samu.
“Se Passos arcasse com os custos do Samu sozinha teria uma despesa mensal de R$ 600 mil”, observa o secretário de Administração, Gilberto Lopes Cançado, o Betaca. As ambulâncias do Samu chegaram a Passos em maio do ano de 2010, quando foram apresentadas à população durante o desfile do Dia da Cidade, devendo ser colocada em operação ainda naquele ano, o que não ocorreu durante os três anos seguintes.